Cirurgia para remoção da adenóide e amigdala (adenoamigdalectomia)

As adenóides e as amígdalas palatinas são órgãos imunologicamente ativos que reforçam a imunidade de todo o trato aero­digestivo superior, podendo sua função estar comprometida principalmente por hipertrofia ou infecções repetidas.

As indicações cirúrgicas são absolutas quando ocorre hipertrofia com obstrução da via respiratória ou da via digestiva (respiração bucal, ronco, engasgos freqüentes, preferência por alimentos líquidos ou pastosos, baixo peso), e tumores.

 As indicações cirúrgicas são relativas nas adenoamigdalites de repetição, abscesso periamigdaliano, suspeita de adenoamigdalites como foco de infecção à distância, causa de convulsão febril, nas deformidades orofaciais (existente ou para sua prevenção), otites de repetição, por vezes com redução da audição e, mais raramente, sinusites de repetição. Várias são as técnicas e instrumentos empregados: convencionais, bisturis elétricos, eletrônicos, microscópio e laser.

Nem sempre é necessário o remoção da adenoide junto da amigdala e vice e versa, embora seja muito comum a necessidade de remoção de ambas para melhora do paciente.

A cirurgia é realizada sob anestesia geral e geralmente o paciente recebe alta no mesmo dia ou no dia seguinte.

O retorno as atividades escolares de trabalho será em torno de 7 a 14 dias após o procedimento.

Amigdalas hipertróficas:

Adenoide hipertrofica


Complicações da cirurgia:

FEBRE E DOR – Febre e dor referida na área do ouvido ocorrem normalmente, podem ser intensas, passam em 3 a 10 dias, e devem se r tratadas com medicamentos.

MAU­HÁLITO – É comum ocorrer, e cede em 7 a 14 dias.

VÔMITOS – Podem ocorrer algumas vezes, no dia da cirurgia, constituídos de sangue.

HEMORRAGIA – Representa o maior risco desta cirurgia, podendo ocorrer até 14 dias após o ato cirúrgico, sendo mais freqüente em menor volume e, mais raramente, em maior volume, podendo levar até à reintervenção cirúrgica sob anestesia geral e transfusão sangüínea. A morte por hemorragia é uma co mplicação extremamente rara.

INFECÇÃO – Pode ocorrer na região operada, causada por bactérias habituais da faringe, e geralmente regride sem antibióticos.

VOZ ANASALDA E REFLUXO DE LÍQUIDOS – Podem ocorrer nos primeiros dias desaparecendo espontaneamente.

RECIDIVA – A recidiva das adenóides é mais freqüente em crianças jovens e alérgicas, raramente necessitando reintervenção; e a das amígdalas é rara (brotos linfóides). O retorno do acúmulo de líquido sero­mucoso no ouvido médio é passível de ocorrer e pode exigir nova intervenção cirúrgica.

SECREÇÃO PURULENTA NO OUVIDO – Poderá ocorrer pela entrada de água no ouvido ou após gripes e resfriados, sendo o tratamento feito com limpeza, aspirações e antibióticos.

PERMANÊNCIA DE PERFURAÇÃO TIMPÂNICA – Após a saída do dreno de ventilação poderá permanecer uma perfuração no tímpano. Isto é raro e trata­se com cirurgia (timpanoplastia). A implantação do tecido epitelial para dentro do ouvido médio originando um colesteatoma é rara, mas pode ocorrer. PERDA AUDITIVA – A perda auditiva causada pelo trauma sonoro do aspirador é rara.

COMPLICAÇÕES DA ANESTESIA GERAL – Complicações anestésicas são muito raras, mas podem ser ocorrer e ser sérias, e devem ser esclarecidas com o anestesiologista.

Cuidados pós operatórios: