Esclarecendo dúvidas sobre as tecnologias “Sistema FM” e “Roger”

                       

Esses dias, acessando o Facebook, num grupo de usuários de Implante Coclear (IC), eu vi uma discussão a respeito do uso do FM e do Roger, dúvidas sobre qual é o melhor, o mais eficiente, etc. Então, a pedido do Dr. Koji, médico otorrinolaringologista do Hospital de Clínicas de São Paulo, vou tentar esclarecer um pouco estas dúvidas. 

A tecnologia FM existe desde a década de 50. Sim, é bem antiga! Parece que não, né? Mas acreditem, de lá pra cá, mudou muito! Agora é multicanal, os equipamentos estão cada vez menores, mais bonitos, a tecnologia ficou adaptativa (dinâmica) e digital, e a qualidade sonora melhorou muito. Foi através de muitos estudos, pesquisa e, claro, pelo feedback de vários usuários, que foi possível melhorar tudo isso. Mas a realidade dos dias atuais pede por outras inovações...

Nasceu então, em 2013, a tecnologia Roger. Aqui no Brasil o Roger chegou em 2014. Ele é diferente do FM, embora seu objetivo seja o mesmo: melhorar a compreensão de fala de usuários de IC ou de aparelhos auditivos, quando estão em ambientes adversos com muitos ruídos, como por exemplo, na escola, no trabalho, numa reunião, numa festa, etc.


Por que o Roger é diferente do FM?

Em primeiro lugar, o Roger não é FM! Para quem não sabe, FM significa “Frequência Modulada”, ou seja, o som é enviado por frequências moduladas para um determinado canal escolhido pelo usuário, como se fosse um rádio. Quando o transmissor não está sintonizado no mesmo canal que o receptor, pode ter falhas na transmissão do som, ter interferências ou chiados. Neste caso, a solução pode ser mudar de canal, sincronizar novamente o transmissor com o receptor e pronto. As vezes, pode ser também que a voz do orador não está sendo bem captada pelo microfone do transmissor, ele pode estar longe da boca do falante. É só aproximar que a transmissão de fala melhora.

Existem basicamente 02 tipos de FM: o tradicional e o dinâmico. Qual a diferença entre eles? O FM Tradicional tem o “volume” fixo, ou seja, a intensidade do sinal de fala enviado é sempre o mesmo, não importa o nível de ruído do ambiente. Já o FM Dinâmico tem o “volume” variável, ou seja, a intensidade do sinal pode variar de acordo ao nível de ruído do ambiente. Se o ruído aumenta, o volume aumenta. Se o ruído diminui, o volume diminui também. Esse comportamento é automático, o usuário não precisa fazer nada.

Tá, mas e o Roger? Por que falam que ele é melhor? A tecnologia Roger usa uma frequência de transmissão diferente, a 2.4GHz, que é muito mais ampla – estamos falando de “giga hertz”! Então as chances de interferências são menores? Sim! Mas preciso ficar escolhendo os canais? Não! Com o Roger é tudo automático. As ondas sonoras transmitidas pelo transmissor para o receptor buscam o melhor caminho, sozinhas, sem o usuário precisar escolher canais. Se elas encontram alguma interferência, elas desviam para um caminho “livre”. Tudo muito rápido, em questão de milissegundos. Adeus àquela sensação de “rádio fora da estação”!

O microfone do Roger também é muito mais preciso, capta fielmente a voz do orador. Mas a dica de uso continua: em um ambiente ruidoso, quanto mais perto da boca o transmissor (microfone) estiver, melhor será a transmissão da voz.

Como o Roger funciona? O usuário tem que se preocupar com apenas 01 botão, o “conexão”. O transmissor tem que estar bem próximo do receptor, cerca de 10cm, pressionar o botão, e pronto! Já estará transmitindo os sons.

Em resumo, o Roger tem uma performance melhor que o FM, pois são tecnologias distintas. Vai depender de cada caso, a indicação de um ou de outro. Mas ambos podem ser usados com qualquer aparelho auditivo ou Implante coclear, de qualquer marca. E ambos são fáceis e práticos de usar, facilitando muito a vida dos usuários!

                        


Quer saber mais informações? Vejam nessa página aqui:

http://www.programainfantilphonak.com.br/roger-sistema-fm.php

 

Fga. Christiane Rossini Vana, é gerente de produtos & fonoaudióloga da Phonak para a América Latina. É formada em Fonoaudiologia pela PUCPR (2002), Audiologia Clínica (2007) e Marketing de Serviços (2014). É responsável por vários projetos na América Latina, incluindo a atenção à Centros Pediátricos Certificados, Inclusão dos Sistemas FM / Roger e suporte aos fonoaudiólogos de vários países.

 

Prof Dr Robinson Koji Tsuji - CRM97471







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